Julho foi um mês especial para a balança comercial brasileira: desde 1989, esse foi o mês com maior superávit, somando USD 8,1 bilhões de exportações a mais que as importações no período. Com total em exportações de USD 19,6 bilhões, o mês de junho superou, inclusive, os USD 7,7 bilhões em maio de 2017, segundo maior número desde o início da série histórica.
Segundo o secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz, “Temos uma balança comercial muito formatada de acordo com o que vem acontecendo no cenário externo, em termos do destino das nossas principais exportações e, no lado das importações, formatada por uma conjuntura doméstica, que está em franca recuperação, mas que ainda leva um tempo para se refletir nas importações”.
A Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) informou que a quantidade de produtos exportados de todas as categorias aumentou se comparado ao mesmo período no ano passado, principalmente na indústria extrativa mineral e na agropecuária. Segundo Ferraz, “a alta resiliência das exportações da agropecuária e do agronegócio em geral”.
O secretário ainda comentou que a tendência de crescimento diverge do que estava acontecendo nos primeiros meses do ano. Isso se deve à recuperação do mercado asiático frente à crise do COVID-19, um dos maiores consumidores dos produtos agropecuários brasileiros.
A despeito dos produtos agrícolas, que são menos impactados pela variação de renda, o seguimento de exportação de produtos industriais está abalado, visto que os mercados mais importantes, como Europa, Argentina e Estados Unidos, seguem sofrendo os impactos da pandemia.
A SECEX avalia que até o final do ano as exportações de produtos manufaturados apresentem crescimento e estabilidade, visto que já se vem observando normalização no continente europeu e os demais devem seguir a mesma tendência.
Fonte: Siscomex